Entre música e artes plásticas: as experiências de Walter Smetak na Bahia de Todos os Santos
Paula Silveira De Paoli
Arquiteta pelo Istituto Universitario di Architettura di Venezia
Mestre e Doutoranda em Urbanismo pelo PROURB / FAU / UFRJ
Técnica em História da Arte do IPHAN (Bahia)
Resumo
Um dos personagens mais instigantes da cena cultural baiana nas décadas de 1960-70 foi Walter Smetak (1913-1984). Suíço, naturalizado brasileiro em 1968, Smetak veio para a Bahia em 1957, a convite de Hans Joachim Koellreutter, para lecionar nos Seminários Livres de Música da Universidade da Bahia. A mudança para a Bahia e o contato com o cenário cultural de vanguarda que ali se delineava constituíram uma virada na carreira de Smetak, pois é neste momento que sua obra distancia-se definitivamente da “grande tradição” européia na qual fora formado, para assumir a feição de experiência musical de vanguarda. Na Bahia, Smetak construiu uma obra extremamente peculiar, que conjugava a composição de música erudita de vanguarda, baseada no improviso e nas sonoridades indianas dos microtons, com a construção de instrumentos musicais experimentais, que apresentam uma hibridação com o campo das artes plásticas, numa criação multidisciplinar. A idéia de que “um mundo novo requer uma música nova, e para isso, instrumentos musicais diferentes”, permite colocar suas experiências no âmago do Movimento Moderno. Para Smetak, a busca de novas sonoridades, que caracteriza a música de vanguarda, seria a porta para um novo mundo, a ser construído através da educação das mentes para uma nova estética. LEIA MAIS
2 comentários:
Legal isso, Jes. Vou baixar e ler com mais calma depois. Bj e parabéns, está ótimo o blog!
Obrigada pelo seu estudo. Vem a acrescentar bastante ao meu sobre interdisciplinaridade nas artes plásticas.
milkaplaza.blogspot.com
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