segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Walter Smetak: O Alquimista dos Sons

Aí está uma ótima dica de leitura para quem deseja conhecer um pouco mais sobre as plásticas sonoras de Walter Smetak. O livro "Walter Smetak: O Alquimista dos Sons", de Marco Scarassatti, traz informações que vão da sua chegada ao Brasil até reflexões sobre os microtons e o procedimento criativo do músico suíço.


Ficha técnica:
Livro: Walter Smetak: O Alquimista dos Sons
Autor: Marco Scarassatti
Selo/Editora: Perspectiva

Número de catálogo/ISBN: 978-85-273-0840-3
Ano: 2008
Número de páginas: 151

domingo, 29 de agosto de 2010

Entre música e artes plásticas: as experiências de Walter Smetak na Bahia de Todos os Santos

Durante a pesquisa sobre Walter Smetak, me deparei com um trabalho acadêmico muito interessante. Escrito por Paula Silveira de Paoli, o projeto traz informações sobre o início da carreira do Alquimista dos Sons, sobre o cenário Avant-garde na Bahia e as mais diversas características e influências da sua obra. Para quem está interessado numa leitura mais extensa sobre a trajetória das plásticas sonoras de Walter Smetak, está aí uma dica!


Entre música e artes plásticas: as experiências de Walter Smetak na Bahia de Todos os Santos
Paula Silveira De Paoli
Arquiteta pelo Istituto Universitario di Architettura di Venezia
Mestre e Doutoranda em Urbanismo pelo PROURB / FAU / UFRJ
Técnica em História da Arte do IPHAN (Bahia)

Resumo

Um dos personagens mais instigantes da cena cultural baiana nas décadas de 1960-70 foi Walter Smetak (1913-1984). Suíço, naturalizado brasileiro em 1968, Smetak veio para a Bahia em 1957, a convite de Hans Joachim Koellreutter, para lecionar nos Seminários Livres de Música da Universidade da Bahia. A mudança para a Bahia e o contato com o cenário cultural de vanguarda que ali se delineava constituíram uma virada na carreira de Smetak, pois é neste momento que sua obra distancia-se definitivamente da “grande tradição” européia na qual fora formado, para assumir a feição de experiência musical de vanguarda. Na Bahia, Smetak construiu uma obra extremamente peculiar, que conjugava a composição de música erudita de vanguarda, baseada no improviso e nas sonoridades indianas dos microtons, com a construção de instrumentos musicais experimentais, que apresentam uma hibridação com o campo das artes plásticas, numa criação multidisciplinar. A idéia de que “um mundo novo requer uma música nova, e para isso, instrumentos musicais diferentes”, permite colocar suas experiências no âmago do Movimento Moderno. Para Smetak, a busca de novas sonoridades, que caracteriza a música de vanguarda, seria a porta para um novo mundo, a ser construído através da educação das mentes para uma nova estética. LEIA MAIS

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Visita à mapoteca da Escola de Música

Após alguns minutos de conversa com Lucy no Memorial Lindemberg Cardoso, na última terça-feira (24), visitei a sala ao lado: a mapoteca da Escola de Música. Era possível sentir o cheiro de mofo passos antes da porta – arquivos tinham sido abertos para organização, catalogação e digitalização de tudo que havia sido guardado ao longo de parte da história da Escola. Uma mesa estava tomada de papéis amarelados de partituras. As composições iam das de alunos e professores da Escola até reproduções de músicos mundialmente apreciados como Mozart.

Ainda não haviam chegado à gaveta que abrigava alguma parte do trabalho de Walter Smetak. Ela fica na última das fileiras, no andar mais alto. Precisei de um banquinho para alcançá-la e ainda assim foi difícil puxar a pasta empoeirada - e um pouco suja de ferrugem dos grampos oxidados que prendiam as folhas – do fundo da gaveta. Com a pasta em mãos, me deparei com algumas de suas composições mais famosas, como Vir a Ser e Planicotó, além de desenhos geométricos, simétricos, que não ousei interpretar. Foi emocionante tocar aquelas folhas de papel. Em minhas mãos, composições originais do meu avô, criadas e tocadas por ele, anos antes de eu nascer.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O blog “O Alquimista dos Sons” está no ar!

O espaço está aberto para o compartilhamento de informações sobre Walter Smetak e suas plásticas sonoras. Através desta página, vocês terão acesso ao passo-a-passo da elaboração do livro-reportagem-biográfico que estou escrevendo neste semestre, além de terem total liberdade para interagir com o conteúdo do blog. Será um imenso prazer publicar seu conteúdo!

O primeiro post é um documento (acredito que inédito) que consegui nos arquivos do Memorial Lindemberg Cardoso, mantido em um prédio anexo da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, no bairro do Canela. Quem carinhosamente me recebeu foi Lucy, viúva de Lindemberg, e, dentre os inúmeros documentos cuidadosamente preservados por ela, encontramos o currículo de Walter Smetak, provavelmente datilografado por Ernst Widmer no ano de 1972.

Aproveitei a visita para também conferir a mapoteca. Partituras e manuscritos de antigos alunos - dentre eles Kokron e Marco Antônio Guimarães (UAKTI) - habitavam os arquivos da sala. Tive a oportunidade de também encontrar materiais de Smetak. Mas esses ficam para o próximo post!

Até lá, tudo de bom!
Jessica Smetak