segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Entrevistas em São Paulo rendem informações preciosas sobre Walter Smetak

Entre os dias 2 e 5 deste mês estive em São Paulo entrevistando alguns amigos de Walter Smetak. Além de compilar novas informações, o objetivo também foi conhecer essas pessoas que conviveram muito próximas dele, e sentir esse mundo de perto. Os resultados não poderiam ter sido melhores e as informações foram maravilhosas.

Logo na quinta-feira à tarde me encontrei com o grande artista plástico italiano Eduardo Catinari. Na sua própria residência, no bairro do Sumaré, calorosamente fui recebida por um homem de alma e coração nobres. Durante a entrevista, conversas sobre espiritualidade, esoterismo, disco voadores, além da recordação de diversos momentos de companheirismo divididos entre ele e Walter Smetak. Também tive acesso às cartas que ambos trocavam, fotos e diversas informações valiosas. A impressão que ficou foi de uma relação pura e de irmandade. Ainda estendemos nossa conversa na padaria Real, logo na esquina da Rua Alfonso Bovero, com um cafezinho e um bate-papo muito agradável.



Na sexta-feira, mais dois encontros. Primeiro visitei a residência de Wilson Sukorski, em Vila Mariana. Na sala, instrumentos criados por ele próprio pendurados na parede e apoiados no chão. Os sons remeteram aos que podem semelhantemente ser obtidos pelas criações de Smetak. Até ousei tocar o Totem Baixo, um instrumento de madeira, cordas e molas de aproximadamente dois metros de altura. Durante a entrevista, Sukorski relembrou sua estadia na Bahia e os dias que dedicou ao aprendizado com Walter Smetak tanto em sua residência quanto no atelier da Escola de Música da UFBA.



Saí da Vila Mariana e retornei ao Sumaré para uma conversa com Thomas Gruetzmacher, mas antes me encontrei novamente com Catinari para pegar emprestadas algumas cartas e fotografias que ele havia guardado da época em que Smetak era vivo. Já na casa de Thomas, também considerado um "filho de Smetak" pela afinidade que tiveram durante os anos que conviveram na Escola de Música, uma aula sobre escala temperada e sobre as divisões dos microtons foi dada no teclado dele. Também falamos sobre a "nova música" e o "novo mental", dois termos que conjugados refletem toda a intenção da obra do Alquimista dos Sons. Aproveitei para tirar uma cópia de gravações inéditas que ele guardava, além de digitalizar o material cedido por Eduardo Catinari.

Detalhes sobre as informações que consegui? Essas ficam para o livro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Belos relatos, Jes. É de deixar curioso para o que vem por aí.
Abç,
Daniel.